Que tal a Iberdrola?

A recente atitude da EDP ao cortar o fornecimento de energia ao Estádio Municipal de Aveiro, em vésperas de um Beira-Mar versus Sporting, é, no mínimo, sui géneres. Julgo ser, e se a memória não me atraiçoa, a primeira vez que esta empresa pública, que paga milhões ao seu presidente (António Mexia), toma uma atitude tão radical junto de uma autarquia.
Fez bem, na minha opinião, o vereador Pedro Ferreira ao apelidar a EDP de ter tomado um comportamento monopolista.
Esta brincadeira, de muito mau gosto, assume contornos estranhos quando, ao que julgo saber, a decisão do corte de fornecimento ter partido do Porto e não de Aveiro. A questão ainda é mais surrealista quando no momento imediato ao aviso do corte de energia aparece, à porta do EMA, uma equipa de reportagem de uma estação televisiva.
Obviamente que todo e qualquer cliente, seja ele particular ou de empresa, deve ter as suas contas em dia, não só da luz, como de todos os outro fornecedores. Mas também não acredito que todas as restantes autarquias nada devam, por exemplo, à EDP. O que não acontece são comportamentos semelhantes da EDP para com as restantes edilidades, como aconteceu em Aveiro.
Por isso mesmo, considero ser pertinente reconsiderar o contrato de abastecimento de energia na autarquia aveirense, bem como em todas as empresas da esfera municipal. Com maior ou menor burocracia, aconselho a Câmara Municipal de Aveiro a procurar saber se é possível negociar com a Iberdrola, empresa energética espanhola mas já a operar em Portugal, o fornecimento de energia eléctrica no município aveirense. Como a Iberdrola já explora duas centrais hidroeléctricas no nosso país, uma na Aguieira e outra em Raiva, talvez seja mesmo possível contratá-la para iluminar Aveiro.

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