Questões abertas ao vereador Miguel Fernandes

Meu caro vereador:
utilizo este meu espaço para, de uma forma pública, dirigir-me a si de um modo franco, directo e responsável.
Julgo que não é segredo para ninguém que há um certo mal-estar latente no seio da Coligação que, com esforço, muito trabalho e honestidade, obteve duas vitórias claras à Câmara Municipal de Aveiro.
No segundo momento eleitoral, fez em Setembro passado um ano, a renovação da confiança dada pelo eleitorado aveirense teve o vereador Miguel Fernandes como interveniente directo. Não nos esqueçamos que para além de candidato elegível ao executivo, acumulava as funções de presidente da Comissão Política do seu PP.
Acontece que volvido este primeiro ano do seu mandato, o balanço deixa, digamos assim, um pouco a desejar. Não pelas qualidades do Miguel Fernandes enquanto pessoa, obviamente, porque esse eu desconheço, mas sim pelo desempenho no ilustre cargo de vereador com responsabilidades em vários pelouros.
O seu comportamento político em vários processos, mormente a intervenção no Alboi, a hostilidade perante o presidente da autarquia no caso do prédio da avenida, o retardar de despacho de alguns dossiers no seu gabinete, causa embaraços não só à Câmara, como aos dois partidos que apoiam e estiveram na base das vitórias eleitorais.
Aliás, e como a franqueza foi um dos atributos com que iniciei este texto, confesso-lhe que pouco me importa o estado de alma por que passa o seu Partido em Aveiro fruto do extremar de posições entre a sua pessoa e estrutura liderada por Jorge Greno. Preocupa-me, isso sim, a imagem que o PPD/PSD vai tendo junto dos aveirenses.
Apesar de tudo, apesar do seu comportamento político, queria questionar-lhe o seguinte:
1 - Acha que o povo aveirense merece um político assim?
2 - Será que o presidente Élio Maia é merecedor destas suas atitudes públicas?
3 - Está disposto a alterar a sua maneira de ser, estar e actuar em prol de um projecto colocado à votação democrática e no qual a maioria dos aveirenses aprovou?
4 - Não estando a sentir-se bem nas funções autárquicas que exerce, não seria melhor solução, para bem de todos, renunciar ao mandato?
5 - O que o levou/leva a proceder da forma e do modo como tem feito?
Acredito, como pessoa de bem que é, que me irá responder. Porque, digo-lhe, estas questões que lhe coloco de forma franca, aberta e responsável também assolam a mente de muita gente.
Aceite, com elevação, os meus melhores cumprimentos.

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