Balanço de 1 ano na Assembleia de Freguesia de Esgueira

Foi ontem que se realizou a última sessão do ano da Assembleia de Freguesia de Esgueira. Tal com vem sendo hábito, os argumentos políticos foram dirimidos dentro do mais elementar respeito pela regras democráticas e com espírito de boa educação.
À bancada do PPD/PSD, que eu lidero com orgulho, cabe fazer a oposição necessária e alertar para as deficiências existentes na nossa freguesia. E são muitas, de facto.
Mas ontem chamou-me a atenção a intervenção do Rui Vasqueiro, que fez parte do executivo da Junta no mandato anterior mas que agora, fruto da votação popular, não conseguiu a sua reeleição, pela CDU, para a Assembleia de Freguesia. Cá está o preço por ter pertencido a um executivo socialista. Há escolhas que o povo não entende, pelo que não perdoa.
O Rui Vasqueiro, aliás pessoa que prezo e valorizo pelo seu interesse e preocupação por Esgueira, interviu no período destinado ao público. Entre vários assuntos trazidos ao salão nobre da Junta, começou a sua intervenção colocando uma pergunta pertinente: que balanço fazem o executivo e os membros da Assembleia relativamente a este ano que agora termina.
O executivo, pela voz da sua presidente, avaliou a sua acção como positiva, tendo feito muito pela freguesia "trabalho que poucos vêem, mas que foi feito", disse a presidente, tendo estado junto da população. Um auto-elogio fácil, mas demagogo e desmontável.
Dos vogais, apenas eu respondi. E disse que aquilo que o meu Partido fez foi pouco. É verdade. Devemos ser honestos. Procuramos saber as preocupações, os anseios, desejos e sentir o pulso à freguesia. Mas estamos conscientes que podíamos ter feito mais. Mas a franqueza que nos norteia levanos a afirmar que a nossa obrigação é fazer muito mais, porque as pessoas assim o merecem.
Agora, vem o executivo auto-elogiar-se como tendo feito um trabalho positivo. Basta calcorrear as ruas da freguesia, falar com as pessoas e observar a cristalização a que chegou Esgueira para depressa avaliar que nada foi feito. E aquilo que se fez, sobretudo limpeza dos jardins, deve-se à Câmara Municipal. Mas será que já ninguém se lembra que este mesmo executivo da Junta ameaçou não celebrar as Esgueiríadas? Será que já não há memória de que se não fosse a intervenção da bancada do PPD/PSD não teria havido Esgueiríadas? Mais: Esgueira parou no tempo; limita-se a ter alguma acção cultural e desportivo fruto da formidável capacidade de trabalho das suas associações e colectividades. É uma freguesia que não reconhece no seu executivo qualquer capacidade política para a desenvolver. Como estão os projectos do novo pavilhão do Clube do Povo de Esgueira? Do Centro de Saúde? Do "Esgueira põe-te a andar"? Todos parados. Porquê? Por falta de rasgo, arrojo e determinação do executivo da Junta.
Igual ou pior que isto foi o facto de ontem mesmo, imagine-se, um elemento do executivo da Junta ter denominado de "palhaçada" o evento levado a cabo pela Associação Académica da Universidade de Aveiro, a tradicional recepção ao caloiro, feita junto ao novo Estádio Municipal. Um evento que, na minha opinião, só enobrece a freguesia. "Que vão para Ílhavo", juntou a figura. Isto, de facto, há cada uma!
Esperamos, muito sinceramente, que esta época natalícia traga um renovado espírito de fraternidade às pessoas; que 2011 seja diferente, apesar das dificuldades que existem, mas que com vontade e determinação serão ultrapassadas.

0 mensagens: