As diabruras dos desalinhados

Segue em ritmo cruzeiro o fosso existente no executivo que gere o município de Aveiro. O fosso, cada vez mais largo, coloca de um lado os que querem trabalhar no desenvolvimento global do concelho e do outro os que teimam em atrasar, atrapalhar e falso-argumentar esse mesmo desenvolvimento aveirense.

A recente votação da entrega da gestão do Estádio Municipal ao Beira-Mar dissipou todas as dúvidas, para aqueles que as tinham, que o mal existe e tem rosto. No caso, tem rostos.

Se da parte dos vereadores socialistas jamais se espera cooperação mesmo quando são chamados, numa sã convivência democrática, a dar o seu contributo às questões prementes de Aveiro, do lado dos eleitos em Coligação essa rejeição de cooperação assume contornos gravíssimos.

Pelo desenrolar dos acontecimentos, sabe-se que a estrutura concelhia do CDS/PP abriu mão do seu vereador. Nada de extraordinário, face ao comportamento politicamente inqualificável do seu ex-presidente a actual responsável por pelouros sociais de constante estado de graça.

O que me preocupa é a posição que a vereadora-independente indicada pelo meu Partido (PPD/PSD) vai tomando ao longo do mandato. Votar contra o contrato da entrega da gestão do Estádio ao Beira-Mar, numa decisão que permitiria à autarquia poupar perto de 700 mil euros, é uma atitude censitória e sobre a qual a concelhia do PPD/PSD deve tomar imediata posição. Retirar, sem demoras, a confiança política deve ser o primeiro acto. Depois, também o edil Élio Maia deverá assumir o seu papel importante para repor ordem, respeito e responsabilidade no executivo.

Como independente que é, a vereadora, numa acto de consciência que se lhe pede, deve, se ainda não o fez, pedir a sua demissão. Não tem o direito de protagonizar um comportamento tão desadequado como o que tem vindo a ter.

Não está aqui em causa a discussão sobre as vantagens/desvantagens de uma Sociedade Anónima Desportiva no Beira-Mar. Esse deve ser um assunto a ser discutido e tratado no interior do clube e é aos sócios que cabem decidir sobre o melhor para a colectividade. O que não se admite, em política, é este constante comportamento lesa-Aveiro, vindo sempre dos mesmos.

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